Este Blog foi criado pensando em você, que é uma pessoa de bom gosto.
Para divulgar a vida, a história e a criação literária do poeta e escritor josé valdir pereira.
Que a vida nos seja leve e o futuro promissor, na amizade e no amor
Antes de entrar na leitura, deixe eu lhe dizer: adoro meus poemas e tudo que escrevo. Sou meu fã número 1.
BEM-VINDO
sexta-feira, 18 de março de 2022
A cegueira de quem devia enxergar o óbvio
terça-feira, 8 de março de 2022
Amemos com todo o amor do nosso coração, a mais divina criatura de Deus, a MULHER!
Bênçãos para a MULHER NO SEU DIA, Dia Internacional da Mulher - 8 de março
"A
ameaça de extermínio da mulher dócil, meiga, gentil e, sobretudo, fêmea mulher,
amante mulher, a mais perfeita e certa completitude do homem, está evidente nos
últimos tempos.
Você
que é homem, que sabe da importância e do valor da mulher como nossa mais
significativa razão de existir e de viver, nossa melhor companhia, a mais
desejada e adorada por nós, seus súditos e dependentes, sobretudo na vida e no
amor, não deixe que isso aconteça.
Sejamos
mais carinhosos, amáveis e bons amantes para com as mulheres; não deixemos de
lhe dar o melhor do nosso amor, do nosso corpo, do nosso coração e da nossa
alma.
Você
já imaginou viver sem uma mulher ao seu lado? E sabe o que faz uma mulher
feliz? Gestos simples de amor, carinho e de ternura. Flores, pequenos
presentes, chamegos de amor, sorrisos e atenção!
Valorize
sua existência, seus gostos, suas atitudes, seus desejos; dê significado à sua
melhor companhia; e seja mais feliz, fazendo-a sentir-se amada, desejada e a
mais importante pessoa na sua vida.
Não
deixe que a mulher descubra que consegue viver sem um homem ao seu lado -
Amemos melhor nossas mulheres!"
(josé
valdir pereira)
sábado, 5 de março de 2022
A poesia do Norte e a poesia do Sul
Madame de Stäel
Existem,
a meu ver, duas literaturas completamente distintas, a que vem do sul e a que
vem do norte; a que tem em Homero a sua origem e a que se inicia com Ossian. O
gênero de literatura próprio dos gregos, dos latinos, dos italianos, dos
espanhóis e dos franceses do século de Luís XIV é aquele a que chamarei
literatura do sul. As obras inglesas, as alemãs e algumas dinamarquesas e
suecas devem ser incluídas na literatura do norte, que principiou com os bardos
escoceses, com as fábulas islandesas e com as poesias escandinavas. Antes de
caracterizar os escritores alemães, parece-me necessário examinar sumariamente
as principais diferenças entre os dois hemisférios literários.
Não
há dúvida de que os ingleses e os alemães imitaram repetidamente os antigos.
Extraíram ensinamentos proveitosos do estudo fecundo que deles fizeram; mas as
suas belezas próprias, que mostram a influência da mitologia do norte, possuem
uma espécie de analogia e certa grandeza poética de que Ossian é o primeiro
modelo ideal. Poder-se-á dizer que os poetas ingleses são notáveis pelo seu
espírito filosófico; esta particularidade está presente em todas as obras; mas
Ossian quase não faz reflexões; ele narra uma série de acontecimentos e de
impressões. A esta objeção gostaria de responder que as imagens e os
pensamentos mais comuns em Ossian são os que lembram a brevidade da vida, o
respeito pelos mortos, a exaltação da sua memória e o culto dos que permanecem
vivos pelos que já se foram. Se o poeta não acrescentou aos seus sentimentos
nem máximas de moral nem reflexões filosóficas, é porque naquela época o poder
de abstração do espírito humano ainda não era suficiente para produzir muitos
resultados. Mas a comoção que os cantos ossiânicos causam à imaginação
predispõe o pensamento às meditações mais profundas.
A
poesia melancólica é a que está mais em consonância com a filosofia. A tristeza
permite penetrar no caráter e no destino do homem muito antes de qualquer outro
estado de espírito. Os poetas ingleses que sucederam aos bardos escoceses
acrescentaram às suas evocações as reflexões e as idéias que essas evocações
eventualmente suscitassem; mas eles conservaram a imaginação do norte, aquele
tipo de imaginação que se deleita em estar à beira-mar, com o sussurro dos
ventos e as urzes selvagens; aquela, enfim, que transporta até o futuro, até
outro mundo, a alma enfastiada com o seu destino. A imaginação dos homens do
norte lança-se vertiginosamente para além da terra cujos confins eles habitam;
lança-se através das nuvens que orlam o horizonte e que parecem representar a
passagem obscura da vida para a eternidade.
Não
é possível decidir, de maneira geral, entre os dois gêneros de poesia de que
Homero e Ossian são como que os primeiros modelos. Todas as minhas impressões e
todos os meus juízos levam-me a optar, de preferência, pela literatura do
norte; mas o que importa agora é examinar em ambas os traços distintivos.
O
clima é, certamente, uma das razões principais das diferenças que existem entre
as imagens do norte que mais nos agradam e as do sul que tanto gostamos de
recordar. Os devaneios dos poetas podem inventar coisas extraordinárias; mas as
sensações comuns estão necessariamente em tudo o que se cria. Evitar a
lembrança dessas sensações equivaleria a perder a maior parte das vantagens que
é a de expressar o que o próprio autor vivenciou. Os poetas do sul mesclam
constantemente a imagem da frescura dos bosques frondosos e dos límpidos
regatos com todos os sentimentos da vida. Nem sequer os prazeres do coração
eles descrevem sem deixar de lhes acrescentar a idéia da sombra benfazeja que os protegerá do calor ardente
do sol. A natureza tão exuberante que os rodeia desperta-os mais para a ação do
que para o pensamento. Foi erradamente, a meu ver, que se disse serem as
paixões mais violentas no sul que no norte. Observa-se lá maior diversidade de
motivações, mas menos constância num mesmo pensamento; ora é a fixidez que
produz os milagres da paixão e da vontade.
Os
povos do norte são menos absorvidos pelos prazeres do que pela dor, e a sua
imaginação é mais fecunda por essa razão. O espetáculo da Natureza age
intensamente sobre eles; a Natureza age tal qual se mostra naqueles climas,
sempre sombria e nebulosa. As diversas circunstâncias da vida podem, por certo,
variar esta disposição para a melancolia; mas só por si exprime a principal
peculiaridade do espírito nacional. Basta procurar num povo, da mesma forma que
num homem, o seu traço característico; todos os outros são o efeito de mil
acasos diferentes; somente aquele constitui o fundamento do seu ser.
A
poesia do norte convém muito mais do que a do sul ao espírito de um povo livre.
Os primeiros autores conhecidos da literatura do sul, os atenienses,
pertenceram à nação que, entre todas do mundo, mais prezava a sua
independência. Não obstante, era mais fácil habituar os gregos à servidão que
os homens do norte. O amor às artes, a amenidade do clima e todos os gozos
prodigalizados aos atenienses podiam servir-lhes de compensação. A independência
era a principal e única felicidade dos povos setentrionais. Certa altivez de
caráter, certo desapego pela vida que a aridez do solo e a tristeza do céu
ocasionam faziam a servidão insuportável; e muito antes da teoria das
constituições e a superioridade dos governos representativos serem conhecidas
na Inglaterra, o espírito guerreiro que as poesias erses[1]
e escandinavas cantam com tanto entusiasmo, dava ao homem uma idéia prodigiosa
da sua força individual e do poder da vontade. A independência já existia em
cada um, antes da liberdade ter sido estabelecida para todos.
A
filosofia, quando do renascimento das humanidades, começou pelas nações
setentrionais, em cujos hábitos religiosos a razão enfrentava infinitamente
menos preconceitos que nos dos povos meridionais. A poesia antiga do norte traz
em si muito menos superstição do que a mitologia grega. Existem alguns dogmas e
fábulas absurdas no Eda[2];
mas quase todas as idéias religiosas do norte condizem com a razão apaixonada.
As sombras debruçadas nas nuvens são tão só reminiscências estimuladas por
imagens perceptíveis.
As
emoções produzidas pelas poesias ossiânicas podem repetir-se em todas as
nações, pois aquilo com que logram comover-nos vem da própria Natureza; porém
só um talento prodigioso consegue introduzir sem afetação a mitologia grega na
poesia francesa. Não há nada mais afetado e amaneirado em geral do que dogmas
religiosos transplantados para um país onde são considerados apenas como
metáforas engenhosas. A poesia do norte raramente é alegórica; nenhum dos seus
efeitos precisa das superstições locais para despertar a imaginação. Um
entusiasmo ponderado ou uma exaltação genuína podem agradar igualmente todos os povos; é a verdadeira
inspiração poética que todos corações têm capacidade para sentir, mas exprimir
somente com o dom do gênio. Ela gera um estado de devaneio celestial que se
enamora da natureza ao ar livre e da solidão; aproxima muitas vezes o coração
das idéias religiosas e, nos seres privilegiados, estimula o culto das virtudes
e a intuição de pensamentos elevados.
Tudo
o que o homem fez de grande deve-o ao sentimento doloroso de que o seu destino
é incompleto. Os espíritos medíocres, na sua generalidade, sentem-se bastante
satisfeitos com a trivialidade da vida; preenchem, por assim dizer, a
existência e suprem o que sentem que ainda lhes falta com as ilusões da
vaidade; mas o que existe de sublime no espírito, nos sentimentos e nas ações
nasceu da necessidade de escapar aos limites que cerceiam a imaginação. O
heroísmo da moral, o entusiasmo da eloquência e a ambição da glória
proporcionam prazeres singulares dos quais apenas as almas simultaneamente
exaltadas e melancólicas necessitam, almas fatigadas de tudo o que tem uma
medida, de tudo o que é passageiro, enfim, de tudo o que significa um limite,
seja qual for a distância a que se encontre. Este estado de espírito, fonte de
todas as paixões generosas assim como de todas as idéias filosóficas, é que
inspira, em especial, a poesia do norte.
Quando fores me amar
Quando fores me amar, meu amor, me ama devagar, sem alarde e como que se eu fosse teu primeiro amor, porque, feito tal, me verás como a ...
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Padre Vitor Hugo, Padre Claudionor e eu, discípulo de ambos. Você sabe quem foi o pioneiro rondoniense VITOR HUGO? Aqui, não se trata da ...