terça-feira, 1 de novembro de 2022

Do estrago de uma alma perdida

 


 

As minhas mãos já não são as mesmas,

já não tenho o mesmo olhar,

os lábios secaram,

a boca reclama, dada a sede demasiada.

 

Os pés já não me levam por onde andava,

e o hoje é longo,

o amanhã nunca chega,

as horas das noites não passam,

o jardim já não tem mais as rosas que tu gostavas.

 

O leito frio esnoba o verão,

a primavera não tem mais graça,

eu vivo em vão.

 

O coração cheio de desânimo,

bate mas não tem vida e nem faz arruaça,

desde que partiste, levaste contigo a vida.

 

Não quero que voltes,

mas é bom saberes,

do estrago de uma alma sofrida.

 

- jose valdir pereira -

 

 


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