As
minhas mãos já não são as mesmas,
já
não tenho o mesmo olhar,
os
lábios secaram,
a
boca reclama, dada a sede demasiada.
Os
pés já não me levam por onde andava,
e
o hoje é longo,
o
amanhã nunca chega,
as
horas das noites não passam,
o
jardim já não tem mais as rosas que tu gostavas.
O
leito frio esnoba o verão,
a
primavera não tem mais graça,
eu
vivo em vão.
O
coração cheio de desânimo,
bate
mas não tem vida e nem faz arruaça,
desde
que partiste, levaste contigo a vida.
Não
quero que voltes,
mas
é bom saberes,
do
estrago de uma alma sofrida.
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