Do poeta obsoleto, arcaico, démodé...
Do poeta obsoleto, por viver à margem da modernidade e ser uma figura em
extinção
Ele passa despercebido,
escondido à força pela modernidade do tempo,
nem a rosa que sustenta em sua mão,
desperta interesse aos transeuntes
e aos observadores de plantão.
Cabisbaixo, segue alheio aos
olhares que não mais existem,
é a reação do tempo do niilismo da cultura, do apego à contradição,
negar tudo o que de bom já houve, guardar bem dentro do coração,
para sublimar do novo.
Que és tu, um poeta, um mensageiro do amor?
E por onde andaste, por que não viste que o tempo mudou,
e as palavras líricas perderam sua graça e, agora,
a linguagem preferida tem outra rosto?
Que queres tu, se as flores, mesmo com tantos jardins,
não são notadas e nem seu perfume, suas cores. despertam atenção?
Não use palavras vãs, meu poeta, e nem entre em uma conversa ou em
contenda com formais introduções. Agora, em poucas horas, consumimos e somos
consumidos pelos algozes de plantão.
Já fez algum poema hoje? E já o publicou? Quem os leu ou por ele
expressou encantamento? Ninguém? Pois é, meu caro poeta. Simplifique. O seu
tempo já morreu.
- Jose Valdir pereira -
feliz ano 2021 meu querido amigo, aproveito já te desejar antecipadamente Feliz Aniversário. Eu sempre estou a te desejar tudo de melhor. ...saudade
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